Este trabalho tem como objetivo propor a vida de serviço, entendido como absoluta doação a um outro, seja quem for. Tal processo deve-se encaminhar com um movimento de abertura, recebendo tudo o que este outro tem para oferecer. Tal processo de abertura preenche as lacunas existentes no homem e o faz olhar para a vida com o sentimento de felicidade. Para exemplificar como acontece este processo nos utilizamos de dois conceitos chave: viver e passar; ambos em relação à vida. Uma vida com sentido é aquela onde o homem, pessoa humana, escolhe o caminho que vai seguir, o segue e encontrando-se com outro semelhante, o serve. Esta é a proposta que analisamos aqui, utilizando-nos de uma metodologia que primeiro esclarece a definição dos termos: viver, passar, capitalismo intolerável, maquinização do homem, resistir à vida. Em seguida explicita as propostas de sentido para a vida segundo Sartre, Heidegger e Kafka, todas carregadas com um caráter angustiante e individualista, seguidas de três propostas que possibilitam a esperança, a felicidade e a intersubjetividade, são as de Gabriel Marcel, Renold Blank e Papa Francisco. Por fim, reunindo todos os conceitos apresentados ao longo de todo o trabalho, firma-se a proposta de que é a vida do serviço, aos moldes do serviço de Lavar os Pés, ensinado por Jesus de Nazaré, a melhor resposta para uma pergunta sobre o sentido da vida humana, pois garante completude, felicidade, segurança, esperança e cria um mundo melhor.