Esse livro-reportagem é sobre quem são, o que pensam e o que dizem os camelôs dos trens do Rio de Janeiro. Aliás, ao ler esse livro- reportagem, o leitor irá notar como são pontuais as referências não advindas da classe de ambulantes. Muitos contatos foram feitos com deputados estaduais relacionados com o texto que designa os ambulantes dos trens do Rio de Janeiro como Patrimônio Cultural de Natureza Imaterial e também com representantes do atual Governo do Estado do Rio de Janeiro, porém, sem sucesso. Algo que não abala em nada a condução desse trabalho. Essa é a história dos ambulantes. Um produto que advém de observações e da escuta ativa para com os camelôs. Esse trabalho independe de fontes oficiais ou oficiosas, dependendo somente dos camelôs do Shopping Supervia. Esse livro não tem um público-alvo específico, como um bom produto jornalístico, é cabível a todos que queiram entender mais sobre como se organiza uma sociedade, em especial, a classe trabalhadora informal no Rio de Janeiro. Porém, o conteúdo desse livro pode ainda ser aproveitado por estudiosos de marketing e empreendedorismo, acredito que estes têm muito o que aprender com os ambulantes do Shopping SuperVia. Sorte daqueles que aprendem.